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Slow furniture: entenda o que é o movimento que chegou ao mercado moveleiro

Móveis sustentáveis e duráveis definem a mais nova tendência de consumo

No final dos anos 80, a Itália viu nascer uma tendência que ganharia o mundo ao longo dos anos: o slow food , movimento contrário ao fast food e que prega a importância de buscar o prazer à mesa, apreciando receitas e sabores, priorizando produtores locais e respeitando o ritmo das estações.

Nesse mesmo sentido, o início dos anos 2000 testemunhou a chegada do slow fashion , que propõe uma reflexão sobre a velocidade da moda e sua sustentabilidade. Antagônico ao conceito fast fashion , a tendência do slow prega o consumo consciente ao vestir, observando a origem real dos produtos, com marcas lançando pequenas coleções com peças de vida útil mais longa. 

Agora, outro mercado vê chegar a tendência de um ritmo mais equilibrado ao consumir. No setor moveleiro, a ideia do slow furniture (mobília lenta, em tradução livre) está começando a tomar forma ao defender a aquisição de móveis mais duradouros, rejeitando produtos feitos com matéria-prima barata e descartável. 

Essa transformação, que os coolhunting já previam para o futuro, foi acelerada pela pandemia do coronavírus. Segundo a analista de comportamento Fah Maioli, radicada em Milão, na Itália, “a atual quarentena do consumo vai acelerar algumas mudanças na mentalidade dos consumidores, como uma crescente antipatia por modelos de negócios poluentes e uma maior expectativa em relação a ações direcionadas e sustentáveis”.
Maioli acrescenta que o movimento é uma evolução do consumidor para um consumo mais decidido e seletivo, ou seja, muito mais consciente. “Tudo aquilo que é verdadeiro e sustentável e vai ter um crescimento exponencial”, comenta.
É dentro desse contexto que o slow furniture encontra seus pilares. A seguir, apresentamos os principais pontos desse movimento e como ele pode ser vantajoso– para você e para o meio ambiente.
O que é o movimento slow furniture
O movimento slow furniture abraça a criação e o uso de móveis duráveis, como os dos nossos avós, que resistiam à passagem dos anos mantendo sua qualidade e funcionalidade. Com a popularização de lojas co mo Ikea , var ejista sueca especializada em móveis de baixo custo, a produção moveleira em escala industrial e com matéria-prima de valor reduzido estabeleceu uma cultura de produtos baratos, porém quase que descartáveis – a grande maioria deles não resiste a uma mudança de apartamento.
Apesar de facilitar o acesso a peças bonitas e dentro das tendências de decoração, a fast furniture cobra um alto preço, tanto do seu bolso quanto da natureza. É o caso clássico do barato que sai caro: muitos desses móveis acabam estragados antes mesmo de você acabar de pagar as parcelas da compra. O descarte acaba caindo na conta do meio ambiente, o principal refém do consumismo desenfreado.

Como surgiu o movimento slow furniture
Na onda do Movimento Slow (falaremos a seguir sobre ele), Jim Miller, diretor da empresa americana de móveis de madeira maciça DutchCrafters , trouxe recentemente o conceito para a indústria moveleira, defendendo móveis feitos com madeiras colhidas de forma sustentável e cujo destino é a próxima geração da família, e não um aterro sanitário. Essa resposta à produção em massa de peças descartáveis favorece a valorização da qualidade ao invés da velocidade, diminuindo a necessidade de comprar com frequência e, quando for preciso, estimulando aquisições com muito mais consciência e equilíbrio.

5 princípios do movimento slow furniture

Com o propósito de criar móveis e objetos em processos que diminuam a exploração de recursos humanos, econômicos, industriais e urbanos, a tendência busca valorizar processos artesanais, o uso de matérias-primas regionais e de produção local e componentes sustentáveis. Veja 5 princípios que o movimento observa:
  • Consumidores que valorizam mais as experiências do que o produto em si
  • Maior procura pelo valor agregado ao produto do que pelo preço barato
  • Uso de ferramentas digitais para conquistar novos clientes
  • Maior influência das redes sociais na decisão de compra das pessoas
  • Aumento do consumo local e incentivo aos microempreendedores

Como fazer parte do movimento slow furniture
Uma vida mais leve, mais econômica e menos acelerada: é com essa promessa que os movimentos slow estão atraindo cada vez mais pessoas. Para tornar o slow furniture parte do seu modo de vida, siga as dicas:
  • Evite sobrecarregar sua casa com muitos móveis e objetos decorativos.
  • Seja criterioso na seleção de peças para cada espaço e procure se livrar do que não tem uso.
  • Busque por marcas que ofereçam boas garantias e que trabalhem respeitando a tríade de natureza, colaborador e consumidor.
  • Aceite um tempo mais demorado de fabricação e entrega.
  • Dispense marcas que produzam móveis em massa.
  • Compre menos, mas com sabedoria.

Slow Movement e a desaceleração do consumo

Todos esses conceitos fazem parte da concepção Slow Movement , que propõe uma mudança cultural para a desaceleração da vida cotidiana em várias frentes, seja na alimentação, no vestuário, no design ou na decoração através do mobiliário duradouro. Veja alguns dos pontos que orientam esse movimento de consumo:
  1. Valorização de um desenvolvimento durável e sustentável ao invés de um crescimento de desgaste rápido;
  2. Respeito às diversidades ambientais, locais, culturais e individuais;
  3. Proximidade e humanização, cuidado e atenção às pessoas de forma personalizada e flexível, em oposição à produção em série, à impessoalidade e desumanização;
  4. Valorização da qualidade em vez da quantidade;
  5. Respeito pelos ritmos naturais, pessoais e sociais;
  6. Conciliação e integração das diferentes áreas de vida (educação, saúde, relacionamentos, família, trabalho, lazer) numa perspectiva multidimensional e holística;
  7. Equilíbrio entre os extremos e moderação aos excessos de forma a minimizar as assimetrias e os fundamentalismos;
  8. Bem-estar e realização do potencial do indivíduo, do território e da comunidade;
  9. Valorização da simplicidade voluntária e uso responsável dos recursos materiais.

O Grupo Bell’Arte apoia o movimento slow furniture . Com 33 anos de história, nos preocupamos em produzir sofás, poltronas, camas e colchões com matérias-primas de altíssima qualidade, criando móveis que aliam beleza, tecnologia e durabilidade. 

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